O tomate, esse fruto vermelho e suculento, sempre foi alvo de muitas discussões quando se trata de saúde da próstata. Alguns estudos sugeriram que o consumo de tomates, especialmente na forma cozida, poderia ter efeitos benéficos na redução do risco de câncer de próstata (CaP) e no tratamento de hiperplasia prostática benigna (HPB). A chave para essa associação está no licopeno, um antioxidante pertencente à família dos carotenoides, que é encontrado em abundância no tomate.
O licopeno é um agente antioxidante com hipotéticas propriedades anticâncer. A ideia por trás dessa associação é que o licopeno pode ajudar na prevenção do câncer de próstata e no tratamento da HPB. No entanto, é importante destacar que, do ponto de vista científico, com base em ensaios clínicos randomizados e estudos de alta qualidade, ainda não é possível afirmar de forma definitiva que o consumo de tomates seja eficaz para a prevenção ou tratamento dessas condições.
A Associação Europeia de Urologia, considerando a limitação de publicações e a qualidade dos estudos disponíveis, não faz recomendações para ações preventivas ou terapêuticas relacionadas ao consumo de licopeno para HPB ou CaP.
Em resumo, o tomate e seu componente, o licopeno, são certamente alimentos saudáveis e podem fazer parte de uma dieta equilibrada, não havendo nenhum impedimento para o seu consumo no que tange a saúde prostática. No entanto, não se pode depender deles como medida de prevenção ou tratamento do câncer de próstata ou da hiperplasia prostática benigna.
O acompanhamento médico regular, juntamente com um estilo de vida saudável, continua sendo a abordagem mais recomendada para a saúde da próstata. Lembre-se sempre de discutir qualquer preocupação de saúde com um profissional médico que possa fornecer orientações adequadas com base em sua situação específica.