Hoje vamos abordar um tema que muitos homens têm curiosidade e, por vezes, certa preocupação: a relação entre a remoção da próstata e a possibilidade de impotência sexual. Vamos explorar juntos essas questões de maneira clara e descomplicada.

Desvendando Mitos:

Esse receio é compreensível, especialmente considerando os avanços nas terapias para tratar o câncer de próstata. Seja o câncer localizado dentro da próstata, ou em estágio mais avançado, os tratamentos como cirurgia, radioterapia e terapia hormonal podem resultar em graus variados de disfunção sobre a função erétil.

No caso específico da cirurgia, é crucial entender o conceito de neuropraxia, que se traduz numa perda funcional traumática da função nervosa. Essa perda, associada a lesões nos vasos penianos acessórios, e a alterações no tecido cavernoso desnervado, pode contribuir para a disfunção erétil pós-cirúrgica.

Procedimentos Poupadores de Nervos:

No entanto, a boa notícia é que a medicina avançou, e hoje temos procedimentos poupadores de nervos. São técnicas cirúrgicas que buscam preservar o suprimento nervoso essencial para a ereção. Essas técnicas têm apresentado resultados animadores, melhorando consideravelmente a recuperação da função erétil após a cirurgia.

A escolha dessas técnicas dependerá das características específicas do caso de cada paciente. Procedimentos cirúrgicos assistidos por plataformas robóticas têm se destacado, proporcionando taxas de recuperação da função erétil duas vezes superiores em comparação com técnicas abertas.

Recuperação Espontânea e Fatores Determinantes:

É importante destacar que a recuperação espontânea da função erétil geralmente ocorre num período de 1 a 2 anos, podendo se estender até 3 anos. Fatores como a idade do paciente, a condição erétil prévia ao procedimento e o volume cirúrgico do médico desempenham papéis fundamentais nesse processo de recuperação.

Em resumo, o medo compreensível associado à possibilidade de disfunção erétil após a cirurgia de próstata é algo que podemos abordar e enfrentar de maneira informada. Converse sempre com seu médico, discuta as opções disponíveis e compreenda as particularidades do seu caso.

Cada situação é única, e uma conversa honesta com o profissional de saúde pode dissipar muitas preocupações. Cuide-se e esteja atento à sua saúde urológica. Até o próximo artigo!